sexta-feira, 1 de julho de 2011

Uma etapa natural

Eu sou conhecido pela minha insensibilidade, o “fascista” da turma. Mas não é bem por ai. Eu sempre defendi a morte como um acontecimento natural da vida que teria de ser encarado de maneira racional, mas a vida é assim, toda hora prova que você esta errado.
Essa semana uma garota que eu não conhecia morreu, e uma pessoa da qual eu gosto muito ficou bem abalada com a morte e isso me deixo mal. Isso me fez enxergar que a morte não me abala, mas o sofrimento das pessoas que gosto sim.
Quando meu avô morreu, lembro que recebi a noticia de forma tranquila, morte dos avós é uma coisa que não é incomum, todos (ou a maioria) passarão. O velório também estava tranquilo até que vi o meu Pai chorando e eu chorei também. Chorei por ver meu pai chorar, chorei por ver que ele sofria e não pelo velório em si.
Quando meu avô materno morreu, foi o mesmo, não me abalei, mas o estado da minha mãe me deixou muito mal... Eu previa que minha mãe ia chorar (diferente do meu pai) então isso eu controlei, mas quando vi um primo (que é quase meu irmão) chorando, também chorei com ele.
Quando meu tio morreu, foi um sentimento diferente, minha mãe, meu pai, minha irmã e eu não choramos até ver minha prima chorar a morte do pai. Isso colocou todo mundo em lagrimas, mas eu não... Até que sem querer me imaginei em seu lugar, com o pai ali sem vida, pensei no meu e chorei também.
Continuo achando a morte uma etapa natural, só não consigo ver quem eu amo chorar.

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