A noite vai caindo assim de vagar sorrateira e quando se da conta, ela já foi. Vem mais um dia torturante pela frente, mas antes, uma finda olhada no espelho, certificar que continua ali seu rosto feio.
A última cerveja já estava quente, goles ásperos de quem não aguentava mais, a pose era a mesma, o olhar cansado das mesmices faladas por todos os hipócritas que atendiam por seres humanos.
As mulheres... Baronesas, meretrizes, mulheres públicas, cortesãs, vários sinônimos para o mesmo significado, o fino trato da troca enrustido em formalidades.
No carro, no caminho de volta um locutor AM se despede dizendo as horas, fim da noite, uma última canção romântica, um último prazer antes que o sol venha e frite nossas decepções.
Adorei seu texto e seu estilo. Muito bom.
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