Já li textos que ensinam o que falar em uma entrevista de emprego, no amigo secreto, no primeiro encontro e até o que dizer quando você tiver a primeira broxada. Mas no meu entender, não há nada mais constrangedor e que me deixa sem graça do que cumprimentar uma pessoa que perdeu um parente.
Há os cumprimentos de sempre, “meus pêsames, minha condolências, meus sentimentos”. Mas isso é clichê demais. Tem também o pessoal que tenta fazer de conta que não aconteceu nada, e fica puxando os mais diferentes assuntos, futebol, carro, trabalho, filhos de parentes distantes que cresceram e prima que esta ficando velha e não casa. Deixando o velório um falatório só, muito chato isso.
Tem gente que peca pelo exagero, chega, te abraça, diz que vai ficar tudo bem, que pode contar com ela, que sente tanto quanto você, e que você tem que superar aquele momento. E quem morreu é apenas uma tia avó que você nunca viu viva.
Tem quem peca pela displicência, sua mãe morreu e o energúmeno chega e pergunta, “e ai, como você esta? Tudo bem?”. Como pode estar tudo bem? Será que ele não viu sua mãe morta ali na frente?
Eu não gosto de velórios, sei lá, fico com medo de pagar algum mico, escutar alguma coisa engraçada e soltar uma gargalhada no meio de todo mundo chorando. Só para ilustrar o que de constrangedor pode acontecer com você em um velório, um conhecido meu, foi a um velório e ao ir ver o caixão enjoou com o cheiro e vomitou no cadáver (é verdade isso), depois teve que escrever uma carta pedindo desculpa a família do falecido.
Portanto se você tiver um manual do que falar em velórios, por favor, compartilhe com os demais mortais, vai ser de grande valia.
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