domingo, 7 de junho de 2009

Air France voo 447. Quem derrubou foi a mídia.

“Quando um avião cai, pauteiro de jornal faz festa”. Deixando de lado todas as controvérsias desta afirmação e a maldade contida nela, ela não é mais do que uma singela verdade. Todo diretor de RH de jornal deve torcer para que caia ao menos um avião por ano, para poder dar férias aos seus pauteiros, sem contratar ninguém para cobri-las.

O que eu venho observando mais atentamente nos últimos acidentes aéreos, avião da Gol na Amazônia, avião da Tam em congonhas e o atual da Air France no meio do Atlântico, é como os veículos de comunicação se rendem a alguns pequenos pontos no ibope, e trazem para seus telespectadores noticias inúteis.

Uma vez amplamente noticiada a queda do avião, as prováveis causas do acidente e se há probabilidade de haver sobreviventes, o assunto “informativo” se esgota, daí em diante é apenas sensacionalismo comercial.

Qual a utilidade de ficar noticiando a localização de um pedaço de madeira, fala-se que é do avião, em seguida entra o plantão e diz que não é do avião, no jornal da noite o pedaço de madeira volta a ser do avião. Como telespectador não vejo importância nessas “noticias”, além de desnecessárias colocam na linha de frente as famílias das vitimas, que neste momento o que menos precisam é da super exposição que o sensacionalismo promove.

Estou pensando seriamente em acreditar em Deus, todo acidente aéreo tem alguém que perdeu o vôo, que teve um pressentimento... Isso é coisa de Deus? Ou todos os dias pessoas perdem vôos? Inclusive nos dias que eles não caem.

De entrevista com uma paranormal até entrevista com a tia do vizinho da vitima, que por sua vez, como todos os mortos e vitimas era a melhor pessoa do mundo.

Realmente, a sociedade tem os meios de comunicação em massa que ela merece. Mas eu sou mais seletivo, quando cai avião, paro de assistir noticiários. Eu tiro do jornal e coloco no Super Pop.

2 comentários:

  1. Pois é, aí passam a tentar adivinhar o que aconteceu. Cada noticiário que crie a sua versão.
    Também prefiro não assistir.

    Beijos.

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  2. é... cada telejornal tem a sua versão, a pergunta que fica é: qual a sua versão?

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